domingo, 4 de julho de 2010

Estranhas palavras...

É completamente surreal. Surreal. Tudo. Passei três anos da minha vida a aprender a acreditar no interior dos outros. No interior. Não nas palavras. No interior. Conhecer o que ninguém vê. Conhecer o que se pretende mostrar com olhares, expressões e outras atitudes que, basicamente, são o nosso interior a falar. Ouvi muitas palavras. Muitos palavrões, até. Em certos momentos cheias de emoção, outras vezes, com o mesmo objectivo mas completamente vazias. Palavras que mentem. Palavras vagas. Não avalio ninguém pelo que se diz. É tudo meticulosamente pensado. Não é verdadeiramente sentido.

Tenho a cabeça a mil à hora. Misturo temas. Misturo sentimentos. Lembro-me de pessoas. Tento esquecer outras. Comparo palavras com atitudes e dou um sentido lógico a tudo o que se tem passado.

Se tenho estado para aqui a divagar sobre "palavras", algo comigo se passa em relação às "palavras". Preciso delas. Preciso de uma palavra que defina todo este tempo. O tempo em que estive ausente. O tempo em que me refugiei do Mundo. O tempo em que obtive muitas e novas experiências. O tempo que, não direi perder, mas, o tempo em que podia ter aproveitado melhor nas fases em que todas as mulheres se tornam mais sensiveis. Todo este tempo... Uma palavra para todo este tempo?

E será que preciso mesmo das palavras para me fazer entender? Sofro sozinha precisamente porque não há palavras. Há apenas emoções. Tão sentidas. Tão apertadinhas. Tão profundas. Se até aqui não foi preciso palavra que explicasse alguma coisa, a partir de agora também não vai ser necessário palavra alguma que me aumente a aura.

Tudo parecia ser fácil demais. As amizades com palavras ocas. O descompromisso. A vontade de rir. E agora tudo se transformou numa lágrima.

Exemplo de que não são necessárias palavras para se mostrar o afecto, seja por 1 ou 20 seres humanos, é a Sofia, não faladora, não muito comunicativa, 3 anos sem manter muito contacto, mas quando se aperceberu que estara tudo a terminar, chorou. Não por mim, não por ele, não pelo facto de nunca mais nos vermos. Todos. Mas porque há bons momentos que não se esquecem. E que não s tornarão a repetir. COM AS MESMAS PESSOAS.

* E para quem me conhece. Cada letra, de cada palavra, incluida pormenorizadamente em cada frase, tem um ou mais sentidos. Não é ilusão. Não é mentira. É subjectivo para alguns. E um labirinto para outros. Para mim, muito íntimo.

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Um, dois, três. Um sorriso...