sábado, 2 de maio de 2009

eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeiiii....



Senti imensa vontade de escrever... Parvoíces ou não, mas vou escrever!!!
Passei a noite inteira a pensar que tinha de me isolar, ganhar tempo e escrever o que "me vai na alma"- como dizem os poetas... Eu não sou poeta e por isso vou só escrever o que me apetecer...

Ontem participei na festa das cruzes, em Barcelos, fui vestida de peregrina- bata XXXXL, capa castanha comprida, calças 50 do meu papi e com um pau e uma cabaça... Tinha dormido duas horas na noite passada, nao aguentava os meus pés, por isso dá pa imaginar que aqueles vinte minutos em que tive de percorrer o centro de Barcelos, a ouvir os berros das pessoas, vista e criticada por todos os Barcelenses e mais alguns, n foi, para mim, muito prazeroso...

Distribuir flores feitas de papel crepe e folhetos da escola era a minha função... Ruído de fundo:
-DÁ-ME UMA FLOR, MENINA...

Já estava saturada, não podia ver mais ninguém à minha frente, apetecia-me sentar no meio da rua e deixar de dar o exemplo de um bom aluno da ETG.
Mas a falta de paciência, o cansaço, o amuo, a irritabilidade, o sono deixaram d existir em dois segundos daquela tarde medonha... Tinha um anjinho de 4 ou 5 anos a pedir-me uma flor de papel. Um ciganinho, com umas coisas na mão, provavelmente para vender, no meio de uma multidão fez-me beicinho e pediu-me uma simples flor. ELE FICOU TÃO FELIZ, lançou uma gargalhada inesquecivel e foi todo contente. Aquele sorriso ainda hoje nao me sai da cabeça, aquele olhar expressivo... Só queria ter uma fotografia desse momento.
Tinha-me passado o cansaço e ri-me sózinha... Senti-me mesmo bem...

E lá continuei a distribuir flores pelas velhotas e crianças de Barcelos...

TERMINOU O DESFILE E SEM TEMPO DE MUDAR DE ROUPA TIVE D IR VESTIDA DE PEREGRINA PELO COMBOIO ATÉ LOUSADO...

Todos me olhavam como se fosse uma pobrezinha coitadinha... Realmente não tinha muito bom aspecto, mas mesmo nao sendo uma pedinte, com todos aqueles olhares faziam-me sentir o que realmente sentem os pedintes... As velhinhas não tiravam os olhos de mim, ou pensavam que era uma artista sem preconceitos de moda, ou uma pedinte de rua, ou simplesmente uma rapariga com falta de gosto...

À espera do comboio, em Nine, deparei-me com um campo enorme cheeeeeeeeeeeeeeeeeeeeio de pampilos... ERA UM PEDAÇO DE SOL em versão campo... TÃO BONITO, MAS TÃO BONITO. Passo todos os dias naquela estação e nunca reparei, só quando vi aquele fotografo a tirar fotos de várias posições é que descobri que as coisas mais belas estão mesmo à frente do nosso nariz. Eu não tenho, mas prometo que segunda feira já faço um post com uma foto do campo amarelo...

O vento soprava contra mim, os meus cabelos não tinham forma, as minhas roupas faziam balão num lado, a vista era magnifica, não havia o barulho dos carros, fechei os olhos, RI-ME, só me faltava rodopiar para estar completamente fora de mim, SENTIA-ME NUM FILME ANTIGO, naqueles romances dos anos 90...

WEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

As minhas olheiras, os meus olhos ardentes e cor de sangue, a fome, a sede, o sono, tudo isso estava esquecido... E são esses momentos pequeninos que nos marcam... QUE HORROr, ESTOU A ESCREVER COM TANTO SENTIMENTO.

Mas é mesmo verdade... Ficou marcado aqui dentro e tão facilmente nao sairá.

SOU TÃO FELIZ ASSIM...

O olhar expressivo e feliz, o campo amarelo, o olhar das pessoas, o pampilo que apanhei do campo, preencheram o meu dia... E tinha um nó se nao partilhasse isto... APROVEITAR OS MOMENTOS QUE SE DIZEM MAIS INSIGNIFICANTES, sem noitadas, sem alcool, sem droga...

<3

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Um, dois, três. Um sorriso...